Come in! You may stay with me!

É um prazer enorme ter alguém compartilhando do que penso e escrevo, como se estivesse, realmente, num "divan". A propósito, esta é a foto do divã usado por Freud, em seu trabalho de psicanálise. Ao deitar-se, sem se distrair com a presença visível do analista, o analisando tem uma experiência emocional diferente, concentrando-se muito mais profundamente.


Quem me seguir, me fará companhia! E é sempre bom ter alguém por perto...

Obrigada! Venha sempre que quiser. Ainda estou começando...

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Um Ano Novo!



Está nascendo um ano "novinho em folha"!

O ano traz 365 dias para você aproveitar cada minuto,

Correr atrás de seus sonhos, conquistar seus objetivos,

Distribuir alegria, brincar e se divertir a valer.

Um ano feito para você crescer e fazer tudo do seu jeitinho!!!

Que o amor tenha sido um de seus presentes de Natal!

Que a magia e o sentimento daquela noite permaneçam em seu coração, em cada dia do Novo Ano que se aproxima.

Que 2012 seja para você, caro leitor, um ano cheio de momentos inesquecíveis!

São os meus sinceros votos a todos aqueles que me deram o prazer de sua visita ao meu blog, durante o ano que se acaba, e me incentivaram lendo os meus textos!

FELIZ ANO NOVO!!


PLEASE, BE GOOD TO EVERYONE,
MOSTLY TO THE READERS OF MY STORIES!!
THANKS FOR THE SUPPORT YOU GAVE ME, THIS YEAR!!

HAPPY NEW YEAR!!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O Último Natal da Grande Família



Faço parte de uma grande família, já que minha mãe teve muitos irmãos que, como ela, se casaram e tiveram filhos e, assim por diante, a família não para de crescer até hoje. O fato é que todos nós, que pertencemos à mesma geração, temos idades semelhantes, próximas uma das outras, como se fosse uma escadinha. Desse modo, fomos todos crianças na mesma época e o nosso Natal era comemorado em casa de nossos avós, os meus avós maternos. Era uma comemoração muito linda, muito farta, que reunia toda a família e, principalmente, todas as crianças. Havia um belo presépio e isso não sai da minha memória. É claro que deveria haver, também, uma enorme árvore de Natal, mas desta eu não me recordo. Todo ano, meu padrinho que, casado com minha tia e madrinha de batismo, jamais tivera um filho era o encarregado de ser o nosso Papai Noel. Era a pessoa perfeita porque, sem filhos, não haveria quem sentisse, por todo tempo, a sua falta. Ele trabalhava como mecânico de aviões e havia sempre a desculpa de seu atraso para chegar à festa. Alguma necessidade o prendera até mais tarde no trabalho... Sim, porque quando ele chegava ia se trocar e se transformar naquele bondoso velhinho, de barbas brancas, todo vestido de vermelho e que trazia um imenso saco, também de um tecido vermelho, cheio dos brinquedos que, previamente, lhe pedíamos e que os nossos pais tratavam de providenciar. Ganhávamos mais do que o que imaginávamos, já que todos os familiares que quisessem nos agraciar com um mimo iriam fazê-lo, por intermédio do Papai Noel. E foi assim, durante muitos anos. Nossas mães nos aconselhavam a nos deitar e “tirar uma soneca”, do contrário, se ficássemos à espreita, o Papai Noel não entraria, pois surpreender-nos fazia parte de seu trabalho. A casa de meus avós tinha todos os cômodos muito amplos, bem diversos dos de hoje em dia! Então, deitávamos em um dos quartos e, embora a ansiedade não nos deixasse dormir, ficávamos quietos por ali mesmo, enquanto meu padrinho chegava e se preparava para desempenhar sua função anual. Estávamos sempre reunidos num só cômodo, quando ouvíamos um sininho tocando e os adultos já comentando que Papai Noel acabara de chegar. Então, nós nos acomodávamos todos na confortável sala de jantar e aguardávamos, enquanto Papai Noel ia chamando, um por um, pelo nome e fazendo a distribuição dos diversos presentes. Havia quem se assustasse e chorasse, tendo que se aproximar no colo do pai, ou da mãe; havia quem tentasse “puxar conversa” com o nosso bondoso velhinho; havia também aqueles que só olhavam surpresos para o seu rosto, interrompendo somente cada vez que seu nome era chamado para apanhar seus presentes. Uma vez que todos eles estivessem distribuídos, ele se despedia enfaticamente, enquanto éramos incentivados por nossos pais a agradecer-lhe e a jogar beijinhos, etc. E lá ia ele, bem tranquilo pela porta, já que nós estávamos muito ocupados em desembrulhar cada presente e brincar muito com todos eles.
Mas houve um ano em que meu padrinho se atrasou verdadeiramente, não chegando na hora esperada. Minha madrinha sofria de um câncer, numa época em que se começava a falar dessa doença. Havia se submetido a uma cirurgia e, ainda em recuperação, estava deitada em um dos quartos. Não sei bem em que ocasião, com que idade, tomamos conhecimento do acontecido mas, soubemos depois que ela, preocupada em não nos frustrar, crianças que éramos todos, resolveu que ela mesma seria o Papai Noel daquele ano. É claro que sua compleição em nada lembrava a do meu padrinho que era bem forte, mas não sei como arranjaram que não me lembro de tê-la estranhado... Ao contrário, lembro-me bem que falei qualquer coisa com ela. Tudo foi feito como de costume: sua chegada, a distribuição dos presentes e sua despedida. Mais tarde, em algum momento, meu padrinho chegou e ficou no quarto, dando-lhe atenção. Houve, na verdade, uma sombra de tristeza e preocupação que perpassava pelos rostos e olhares dos mais velhos. Mas temo que nenhuma de nós, crianças, tenha dado muita importância, uma vez que só pensávamos em receber todos os brinquedos das mãos enluvadas daquele velhinho.
Em meados de dezembro do ano seguinte, falecia minha madrinha e nunca mais se comemorou o Natal em casa de meus avós. Aquele Natal em que ela, mesmo em recuperação e com toda certeza sentindo muitas dores, se dispôs como sempre o fazia a se colocar em segundo plano, para que nossa alegria fosse a mesma de todos os anos, aquele foi o último Natal de nossa grande família!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ditados Populares


No texto “Não se discute!”, eu mencionei que fui criada, ouvindo os diversos ditados populares e frases que encerravam uma lição. E foi assim que comecei a listar alguns dos ditados, à medida que me vinham à lembrança. Tendo já um bom número deles, resolvi postar em meu blog e, quem sabe, isso poderá ser do agrado de vocês?

* Lavo minhas mãos, como Pilatos.

* Por fora bela viola, por dentro pão bolorento.

* Amor com amor se paga.

* Amor com amor se apaga.

* Antes só que mal acompanhado.

* Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.

* Aqui se faz, aqui se paga.

* O travesseiro é o melhor conselheiro.

* Mais vale um passarinho na mão, do que dois voando.

* Não adianta chorar o leite derramado.

* Depois da casa arrombada é que se põe a tranca.

* Casa de ferreiro, espeto de pau.

* Santo de casa não faz milagre.

* Antes tarde do que nunca.

* Quem casa quer casa.

* Cavalo dado não se olha os dentes.

* A missa se espera na igreja.

* Nem tudo que reluz é ouro.

* Deus ajuda a quem cedo madruga.

* Cara alegre Deus protege.

* Só se dá valor quando se perde.

* Muito ajuda quem não atrapalha.

* Em boca fechada não entra mosca.

* Agora é tarde, Inês é morta!

* Deus quando nos fecha uma porta, sempre abre uma janela.

* Não se deve cuspir no prato em que se come.

* Mais depressa se pega um mentiroso que um coxo.

* Mentira tem perna curta.

* Mente ociosa é oficina do diabo.

* Deixa estar jacaré, um dia a lagoa há de secar.

* Quem tem telhado de vidro não joga pedra no telhado dos outros.

* O barato sai caro.

* Amigos, amigos; negócios à parte.

* Jogar verde para colher maduro.

* Cara de um, focinho de outro.

* A má notícia chega depressa.

* Em terra de cego quem tem um olho é rei.

* Um olho no padre e o outro na missa.

* Quem nunca comeu melado quando come se lambuza.

* Quem não tem cão caça com gato.

* Não se deve dizer: desta água não beberei.

* Seguro morreu de velho.

* Todo caminho dá na venda.

* Quanto mais pressa, mais vagar.

* O homem feliz não tinha camisa.

* Quem avisa amigo é.

* Quem tem boca vai a Roma.

* Quem sai na chuva é pra se molhar.

* A grama do vizinho é sempre mais verde.

* A curiosidade matou o gato.

* Não deixe o certo pelo duvidoso.

* Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe.

* Gato escaldado tem medo de água fria.

* A vingança é um prato que se come frio e pelas beiradas.

* Não há domingo sem missa, nem segunda sem preguiça.

* Quem ama o feio bonito lhe parece.

* Quem não te conhece que te compre.

* Os incomodados que se mudem.

* Ladram os cães e a carruagem passa.

* Neblina baixa é sol que racha; neblina na serra é chuva que berra.

* Roto falando do esfarrapado.

* O desengano do cego é furar-lhe o olho.

* O que os olhos não veem o coração não sente.

* Quem conta um conto aumenta um ponto.

* Quem sai aos seus não degenera.

* Há sempre um chinelo velho pra um pé doente.

* Vaso ruim não quebra.

* De bem intencionados o inferno está cheio.

* De insubstituíveis o cemitério está cheio.

* Quem é vivo sempre aparece.

* Quem foi rei nunca perde a majestade.

* Quem canta seus males espanta.

* Quem semeia vento colhe tempestade.

* Quem cala consente.

* Quem tudo quer tudo perde.

* Faças o que eu mando, mas não faças o que eu faço.

* Dia de muito, véspera de pouco.

* Quem com ferro fere, com ferro será ferido.

* Quem parte e reparte fica com a melhor parte.

* Quem meu filho beija minha boca adoça.

* Quando o gato sai, os ratos sobem na mesa.

* Quem com porcos se mistura farelo come.

* Diga-me com quem andas e te direi quem tu és.

* As aparências enganam.

* Pior a emenda do que o soneto.

* Mirou no que viu, acertou no que não viu.

* Águas passadas não movem moinho.

* Muita água ainda vai rolar embaixo dessa ponte.

* Amarra-se o burro conforme a vontade do dono.

* Isso é fazer bonito com o chapéu alheio.

* Quando um não quer dois não brigam.

* A ocasião faz o ladrão.

* Cada um sabe onde lhe aperta o sapato.

* Depois da tempestade vem a bonança.

* Isso é o mesmo que malhar em ferro frio.

* Não se pode servir a dois senhores a um só tempo.

* O uso do cachimbo faz a boca torta.

* Muito riso, pouco siso.

* O melhor da festa é esperar por ela.

* O que não tem remédio remediado está.

* O olho do dono é que engorda o boi.

* Comer o pão que o diabo amassou.

* Mais vale um mau acordo que uma boa briga.

* Pode tirar o seu cavalinho da chuva.

* Matar dois coelhos numa só cajadada.

* Não se pode assobiar e chupar cana ao mesmo tempo.

* Pode ir colocando sua barba de molho.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Não se discute!


Eu fui criada, ouvindo todos aqueles ditados populares e aquelas frases feitas que encerram uma lição, ou a moral de uma história e uma delas é a famosa “gosto, política e religião não se discute”. E, na minha opinião, deveria estar incluído nessa afirmativa o futebol.

Não há como discutir gosto. Já é nossa conhecida aquela frase “O que seria do verde, se todos gostassem do amarelo?” Há uma enorme variedade de cores e gosto para cada uma delas! Isso acontece com todas as demais coisas: objetos, carros, roupas, sapatos, bolsas, fragrâncias, cortes de cabelo, livros, filmes, músicas... o que vier à sua mente, haverá em grande número e, da mesma forma, uma infinidade de gostos para a escolha de cada uma dessas coisas. Pode acontecer de encontrarmos pessoas que têm o mesmo gosto mas, na maioria das vezes, os gostos se contrapõem. Daí, a impossibilidade de discutirmos a respeito. Uma escolha é feita a partir do gosto peculiar de cada um.

Política, no cenário atual, não há mesmo muito o que discutir. Estamos passando por uma fase de vergonha nacional, onde uma enorme onda de corrupção é um fato inegável. Nenhum político está preocupado em fazer o bem à população, em atender às classes menos favorecidas, com raríssimas exceções! Acho mesmo que quem é bom não se candidata! Essa que é a dura verdade! A política se transformou, é utilizada para o enriquecimento ilícito de políticos, familiares e amigos, não é feita com seriedade, se tornando cada vez mais “suja” e da qual não se tem prazer de falar a respeito. São as nossas convicções que nos levam a discutir sobre política. Quando alguém prefere um determinado regime, ou tipo de governo, ou ainda um diferente partido político, a exemplo do que acontece com o gosto, vai encontrar uma enorme diversidade de convicções. O perigo da discussão está no radicalismo. É justamente quando se radicaliza que surge o perigo de uma discussão acirrada. Por isso o rótulo de “esportes radicais” para aqueles esportes em que se lida, diretamente, com o perigo. Tudo que é exacerbado, gera um perigo iminente.

Em relação à religião, o que se tem visto é ainda pior. É o suicídio, o genocídio, são essas guerras santas como recurso extremista, onde se mata em nome de Deus, um Deus que, afinal, é único e que pregou o amor ao próximo, que nos ensinou a dar a outra face e a perdoar o irmão setenta vezes sete. Eu não creio que Ele queira que se matem uns aos outros porque não se converteram a uma, ou outra religião. Mas é o fanatismo que acaba com a sensatez, com a imparcialidade e com a visão isenta. Eu não estou julgando; trata-se apenas de raciocínio lógico!

O Brasil que é tido como o país do futebol, cinco vezes Campeão Mundial, está cheio de torcedores inflamados e entende-se que é muito difícil para quem nasceu aqui não torcer para um dos clubes de seu Estado, ou de sua cidade. Mas eu volto a lembrar que tudo tem que ser feito sem o radicalismo, sem o fanatismo, sem o exagero. Eu torço, eu tenho o meu clube do coração que me foi passado como herança, pelos meus antepassados, eu fico feliz por demais quando ele ganha um campeonato, seja de futebol, seja de remo, seja do que for, mas não caio em depressão, nem saio “xingando” todo mundo se ele perde um jogo, ou mesmo não se sagra campeão. Quando ele está fora de um campeonato, eu tenho outros times com os quais simpatizo e a chance de torcer por um deles, vendo esse outro clube “fazer bonito”, como se costuma dizer. Estarei satisfeita, junto com seus torcedores! Temos que nos lembrar de que os jogadores são seres humanos como nós e que há dias em que não estão se sentindo bem, em que estão indispostos. Temos, sobretudo, que respeitá-los como seres humanos que são. É assim que eu penso. Precisam estar em boa forma física, ter disposição, velocidade, criatividade, capacidade de decisão, agilidade, concentração, iniciativa, mais que tudo, precisam ter senso de equipe, atenção a detalhes e muita habilidade com os pés e a cabeça. Na realidade, eu diria que eles precisam de grande habilidade e mobilidade com todo o corpo, para se esquivarem de outros jogadores que fazem falta, machucando-os e bastante. Cada um deles tem que correr, ainda que o outro lhe segure a camisa, ou coloque seus pés na frente para que caia. Além do adversário, tem que encarar a arbitragem que, se avaliarmos bem, está precisando de um bom curso de atualização. Acho que deveria ser dessa forma: não apitou direito o jogo, deixou passar faltas, algumas bem graves, deixou de marcar gols válidos ou, ao contrário, aceitou gols frutos de faltas sobre o jogador adversário é hora de ser afastado e obrigado a se atualizar, passando por uma nova seleção, ao final. Encarar o adversário, a arbitragem, o gramado, as condições climáticas, a torcida adversária e ser apenas um ser humano, como qualquer um de nós, é muita coisa. A torcida é obrigada a entender isso e não ficar cobrando, exigindo, até porque essa não é a sua função, devendo sim incentivá-los, compreendê-los, apoiá-los sempre que necessário. É esse o papel de uma torcida de verdade! O nome já está dizendo: torcida. Não devem recriminar, vaiar e, muito menos, dirigir-lhes palavras de baixo calão. A torcida deve fazer o que sabe. Aquela festa linda, comparecendo em massa ao estádio, portando suas bandeiras imensas e coloridas, seus instrumentos, cantando suas inúmeras canções e, com isso, motivando o seu clube! E, num país onde o futebol tem a importância que tem aqui, torna-se mais necessário ainda que não haja fanatismos, radicalismos, para que se possa evitar as discussões. Todos têm o clube de sua preferência, mas não há necessidade de ofender o amigo só porque ele torce por outro clube. Assim como temos liberdade para escolhermos a nossa religião, ou um determinado partido político, ou ainda a marca do nosso carro, assim também temos o direito de torcer pelo clube da nossa escolha, sem se ver, de repente, se indispondo com algum parente, ou amigo. Daí o ditado, “gosto, política e religião não se discute”, e eu diria, com toda certeza, “gosto, política, religião e futebol não se discute”!