Come in! You may stay with me!

É um prazer enorme ter alguém compartilhando do que penso e escrevo, como se estivesse, realmente, num "divan". A propósito, esta é a foto do divã usado por Freud, em seu trabalho de psicanálise. Ao deitar-se, sem se distrair com a presença visível do analista, o analisando tem uma experiência emocional diferente, concentrando-se muito mais profundamente.


Quem me seguir, me fará companhia! E é sempre bom ter alguém por perto...

Obrigada! Venha sempre que quiser. Ainda estou começando...

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

SINTO FALTA...


Sinto falta do cheiro da terra molhada de chuva...

das frutas que eu via nas árvores...

do cheiro dos grãos de café, no cafezal do sítio!

Sinto falta das árvores copadas...

dos picnics que fazíamos, aproveitando suas sombras!

Sinto falta de comer jambo...

de caminhar sobre os trilhos do trem, enquanto jogava conversa fora!

Sinto falta da minha juventude...

de tudo o que eu vivi na adolescência...

e foi muita vida!

Sinto falta dos amigos e parentes da época, de como eram...

dos bailes e “hi-fis”, onde eu me acabava de tanto dançar!

Sinto falta de alguns pares...

dos Cadetes que aprendiam conosco...

do “conjunto” de meu primo e de suas apresentações!

Sinto falta das músicas...

da beleza de suas letras e de seus acordes marcantes!

Sinto falta dos Beatles...

e dos jovens que se tornaram beatlemaníacos!

Sinto falta da Bossa Nova...

de sua batida original e de suas canções!

Sinto falta daqueles carnavais nos clubes e dos nossos grupos, com fantasias iguais...

até do casal fantasiado com o mesmo tecido, eu e meu “eterno” namorado!

Sinto falta de mim mesma, de como eu era animada, alegre, amada...

cheia de sonhos... e do quanto eu sonhava...sempre!

Sinto falta dos finais de semana...

dos sentimentos puros que experimentávamos...

e, mais que tudo, da felicidade que conseguíamos do nada!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

VINTE ANOS DEPOIS...


O relacionamento que se seguiu ao término de meu noivado foi algo que merece um livro para se falar a respeito. O saldo positivo foi o que ele me deu de melhor: minha única filha. Depois de seu nascimento, algum tempo depois, tomei a coragem necessária para romper, definitivamente, com aquela relação doentia.

Em 1993, na véspera do Natal, recebi um telefonema de meu ex-noivo. Dizia que havia se separado, que estava “de novo no mercado” e se eu queria ser sua namorada. Lembro-me, perfeitamente, de lhe ter dito que eu não era mais a mesma, aquela jovem com quem ele convivera até meados de 1973. Eu havia sofrido e o sofrimento havia me mudado e, talvez, não fosse mais a pessoa que ela esperava encontrar. Perguntou-me de todos e onde eu iria passar o Natal, se ele poderia ir até lá, já que estava com saudades de toda a família. Respondi-lhe que iria para a casa de minha prima, na Santa Clara, e ele ficou de passar por lá, logo após a meia-noite. Quando cheguei em casa de minha prima, contei-lhe a respeito e resolvemos manter segredo, para o caso dele não aparecer. Acho que uns 10 minutos após a meia-noite, tocou a campainha e todos se entreolharam, perguntando: Quem será a essa hora, se estamos todos aqui? Minha prima abriu a porta, e lá estava ele, mais magro, um corte de cabelo bem mais curto, mas bonito como sempre fora. E um de meus primos, lá no fundo da sala gritou: “Ei, cara! Você se conservou no formol?” Ele riu, entrou e, como sempre acontece em minha família, foi muito bem recebido. Sentiu-se à vontade e ficou ali conosco, até que eu, meus pais e minha filha nos retirássemos. Ele nos acompanhou e me pediu que nos víssemos mais tarde. Pedi-lhe que me telefonasse, para confirmarmos e que, se fosse o caso, havia muito a lhe contar. Vimo-nos na noite de 25 de dezembro e eu lhe falei, o mais resumidamente possível, do que tinha sido a minha vida até ali. Continuamos a nos ver. Eu morava numa rua da Tijuca, onde havia uma praça tranqüila e costumávamos andar de mãos dadas, enquanto eu ia lhe contando, com pormenores, tudo que havia me acontecido e o que eu temia em relação a ele, caso insistisse em ficar comigo. Ele disse que não temia coisa alguma e que estava certo de que só seria feliz ao meu lado e que eu lhe devia isso. Conversei com meu advogado que me alertou que já era tempo d’eu ser feliz e que seria eu a decidir. Continuamos a nos encontrar e, novamente, era como no tempo em que ele ia me buscar na faculdade: nada era melhor do que, ao voltarmos do trabalho, passearmos de mãos dadas, enquanto colocávamos toda a conversa em dia. Minha filha, com 5 anos nessa época, me perguntava, indignada: “Mas, então você tinha esse noivo bonito, com esses olhos azuis e deixou dele para ficar com o meu pai?” E esse”meu pai” era bem acentuado e acompanhado de uma carinha de quem não conseguia entender uma coisa dessas. Eu chegava a rir... Em 1994, estávamos morando juntos, embora ele só fosse separado de fato e não de direito. É preciso que se diga que daquele lado de lá, também as coisas não foram nada fáceis. Sua mulher não aceitava, seu filho nem queria vê-lo (ele se casara, é lógico, e tinha um filho, na época, com uns 10 anos). Do lado de cá, o pai de minha filha tentava nos acuar ao máximo. Mas estas coisas farão parte dos capítulos de um livro que ainda pretendo escrever. Quem mais sofria, sem dúvida alguma, era minha filha, nos dias de visitação. Até que eu consegui, em Juízo, depois de algum tempo, a suspensão desse direito do pai. O que interessa mesmo, excetuando o fato de que este “pai” conseguiu desempregar meu “companheiro”, mas que este entrou para uma outra firma, onde está até hoje, é que nos casamos, no civil, em 12 de junho de 1998 (o mesmo dia do noivado: Dia dos Namorados). Eu era bem insistente quanto a essa data... E pensava, quando finalmente tudo havia se tranqüilizado, que era chegada a hora de sermos felizes. Até chegamos a ser, penso eu. Não posso responder por ele. Viajávamos muito! Iamos para lugares como Penedo, onde nos hospedávamos numa linda casa com piscina e, com certeza, éramos felizes. São Lourenço também era bastante escolhido por nós, pois havia muita coisa para minha filha. Às vezes, até a convivência com outras primas que iam para lá, na mesma época. Além do mais, ela se orgulhava do padrasto bonito, que lhe comprava álbuns e figurinhas, que a levava e buscava nas festinhas de aniversário, que nas viagens lhe fazia companhia e ela sentia que, àquela altura, estava sabendo o que era ter um pai. Frequentávamos muito as reuniões em família, principalmente aquelas em casa de meus parentes, em Campo Grande. Minha filha já era uma adolescente, quando íamos aos hotéis-fazenda, em Conservatória. E isso acontecia com muita freqüência. Tínhamos também uma cadelinha, micro-poodle, que passou a integrar a família, mais adiante. Mas o surpreendente fato é que ele foi dando mostras de que não estava feliz e, no prazo de 1 ano, aproximadamente, ele se foi, em 02 de novembro de 2002. Eu nunca soube onde eu havia errado! Só sei que, em março de 2005, ele disse que gostaria de voltar, mas eu não estava disposta a correr o risco de outra separação adiante, uma vez que, como numa revanche, na última, foi eu quem mais sofreu. Pareceu-me mesmo uma revanche, do jeito que ele me falou,na noite em que lhe telefonei para saber o porquê de não ter dado certo. Ele que sempre fora muito calmo e educado, preferindo o silêncio a qualquer discussão, nessa noite me tratou com uma frieza bruta. Eu me queixei, dizendo-lhe que ele estava me magoando e ele retrucou:” É, eu também fui muito magoado, aos vinte e poucos anos, quando você me deixou para ficar com aquele lá!”

Em 12 de novembro de 2004, perdi meu pai, que ficara em cima de uma cama, por 8 anos. Em 03 de novembro de 2005, minha mãe se submeteu a uma cirurgia para a retirada de tecidos com células malignas, na mucosa bucal, mas felizmente sobreviveu muito bem, até dar sinais de uma Síndrome Demencial Senil, no primeiro semestre de 2007. Ainda sobrevive a esta Síndrome. O mês de novembro, há algum tempo, guarda pra mim o pior de cada ano .

O tempo passou, eu e meu ex-marido nos vimos algumas vezes, saímos, mas nada se assemelhava ao que eu já havia vivido com ele. E preferi não continuar. No entanto, hoje posso dizer, sem sombra de dúvidas que, de um tempo pra cá, ele é o maior amigo que eu tenho! Somente amigos!

Agora, certamente, vocês entenderão melhor o meu texto “Presente da Vida”. Naquele momento, era tudo o que eu precisava!

sábado, 27 de agosto de 2011

Lindo, louro e de olhos azuis


Eu acabara de completar 20 anos e já trabalhava na Secretaria Municipal de Educação. Fui, com uma colega de trabalho a um “baile” no Clube, num sábado de setembro e lá, num dado momento, vi do outro lado do salão um rapaz lindo, louro, parecia ter olhos claros e usava uma camisa branca que, com a “luz negra”, iluminava todo seu rosto. Estava parado, de braços cruzados e olhava na minha direção. Eu me perguntava se ele estaria olhando pra mim. Imediatamente, falei com minha colega, fazendo com que ela o visse, o que não era nada difícil. Para minha alegria total, ela disse que sabia quem era, pois pertencia a um grupo de amigos dos quais ela conhecia um. Insisti para que ela desse um jeito de falar com seu conhecido, para que ele nos apresentasse. Não sosseguei, enquanto não consegui. Antes que o baile terminasse, estávamos dançando, eu e o louro lindo, de olhos de um azul indescritível; ela e o tal conhecido. Saímos juntos os quatro, logo no dia seguinte e começamos a namorar. Eu ficava em êxtase, olhando para aquele rapaz, de traços finos e, muito insegura, temendo perdê-lo, mal o tinha conhecido. Os dias iam passando e nós continuávamos namorando. Ele gostava de sair para jantar fora e, depois, ir a um cinema, ou teatro. Mas nem sempre era possível este tipo de programa. Não ganhava bem, não tinha carro e fazia faculdade, à noite. Eu comecei no ano seguinte. Nada, mas nada mesmo era melhor do que, ao descer a rampa da faculdade, dar de cara com ele, esperando por mim. Eu estudava num prédio, bem ao lado do antigo Instituto Lafayete, quase em frente à Igreja dos Capuchinhos, na Haddock Lobo e meu horário de saída era às 22 horas, talvez um pouco mais, não me lembro bem. Eu cursava Letras e vivia carregando muitos livros. Acordava às 5 horas da manhã para ir para a Escola, onde eu trabalhava. Quando voltava sozinha no ônibus, eu acabava por adormecer e, na primeira freada, lá iam os meus livros pelo chão. Mas quando ele estava comigo, tudo era diferente. Seus braços me amparavam, ele segurava meus livros e havia muito carinho. Para ele ficava mais difícil vir até minha casa e voltar para a dele. Naquele tempo não havia celulares; eu ia à tarde para a faculdade e quando ele aparecia era sempre uma surpresa, uma agradável surpresa. Eu sabia que era um sacrifício para ele, cada vez que ia me buscar.Mas nada me deixava mais feliz. Eu o amava demais! Fomos tocando nossas vidas. Já tínhamos, cada um de nós, o seu próprio carro. Em 1972, no Dia dos Namorados, ficamos noivos, embora eu notasse que ele não havia sido talhado para o casamento. Acho que ficou noivo porque já namorávamos há algum tempo e ele sabia que isso era do meu agrado. Por esta época, já frequentava minha casa, o filho de um amigo de meu pai e de meu avô, que vivia às voltas com assinaturas para abrir um ou mais Diretórios e se candidatar.Mas, meu ainda namorado vivia me dizendo que o motivo dele aparecer tanto era outro. Ele acreditava que havia um interesse maior por mim. Era um homem com a vida encaminhada, doze anos mais velho que eu e casado. Já noivos, isso continuava acontecendo: ele aparecendo e meu noivo me fazendo crer que era por minha causa. De um lado estava meu noivo, um rapaz lindo a quem eu amava demais,embora achasse que ele não iria se casar. Havia nascido pra ser filho e “curtir” a vida ao seu jeito. Muitos amigos, futebol, cerveja e corridas de cavalo. Do outro lado, aquele homem mais velho, com a vida ajeitada e, sobretudo, ambicioso. Seu pai comentava que seu casamento estava acabado por falta de filhos. E seu jeito de me agradar começava a funcionar. Não era bonito como meu noivo, mas era muito atraente e sedutor. Foi como se meu noivo estivesse sendo afastado, lentamente, de minha vida, enquanto a presença daquele homem ia se agigantando à minha frente. Achei por bem terminar o noivado. Um namoro sem brigas e cheio de afeto, mas que havia sido abalado por aquela situação. Eu parecia já não estar certa de meus sentimentos e, para mim, isso era o bastante para terminar e pensar, dando tempo ao tempo. E assim fiz. Meu noivo ficou inconformado. Seus pais falaram com os meus e queriam apressar o casamento.E eu achava que casar-me com ele já não estava mais nos meus planos, uma vez que a possibilidade de alguém, como o outro, estar desejando uma aproximação maior havia sido pra mim um motivo de grande dúvida, com relação à minha conduta daí pra frente.Apesar de todo sofrimento de meu ex noivo, que eu conhecia só parcialmente, dele continuei afastada e no final de 1973, mais próxima daquele homem. E o noivado não foi reatado. Mas a essa hora, meu tempo no divã já se esgotou.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

"Só acho suportável viver quando estou amando." Roberto Freire


Eu também pensava assim, até bem pouco tempo. Meu combustível, no meu entender, sempre foi o amor. Tive alguns amores, todos muito marcantes. Há pouco tempo, minha vida passou por uma reviravolta, como se tivesse sido atingida por um tsunami. Ainda hoje, está tudo fora do lugar. Não havia mais condições de pensar num parceiro. Daí, com o passar dos dias, comecei a me questionar sobre a que tipo de amor Roberto Freire estaria se referindo. Há tantos amores, tantas formas de amar, tantos matizes... Estaria ele pensando naquele mesmo amor que eu pensava? O amor do par, o amor que nos pode levar a grandes e raros momentos de total felicidade, mas também, a terríveis e quase infindáveis horas de incomensuráveis dores. Seria este o tipo de amor que ele teria em mente? Eu soube que sim. O mesmo amor que eu achava necessário para conseguir sobreviver. E por conta disso, não admitia ficar só. Quando finalmente fiquei, porque fortes e, até então, desconhecidas preocupações ocuparam toda minha mente, minha razão e o meu dia-a-dia, neste momento me dei conta dos outros amores. O amor imenso que sinto por minha mãe já idosa, cansada, com a saúde abalada e tão dependente de mim e só de mim mesma; o amor “tão-grande-quanto” que foi gerado junto com minha filha e nunca mais se afasta, ainda que ela se vá, em busca de seu próprio mundo e de seus amores; o amor tão forte que sinto por certos familiares; o amor que me une a determinados amigos que são como irmãos para mim, que nunca os tive... sem mencionar o amor maior, o amor que dedico a Deus, nosso Pai que está no céu! Quem sabe amar, ama muitas pessoas... Para mim, foi muito bom descobrir que posso viver sem aquele amor a dois, já que, em compensação, há outros tantos que me levam a caminhar pela vida afora, achando suportável viver. No momento, não há lugar em minha vida para aquela forma de amar, para minha enorme surpresa, pois há muitas lembranças e elas são tão vívidas e tão agradáveis que conseguem me manter e me tocar adiante. Não quero dizer com isso que não me faz falta. A união, a cumplicidade, o toque, o passear de mãos dadas... Agora é hora de corrigir alguns erros! Mas confesso que não deixei de lado a idéia de vir a encontrar um amor de outono. Quem sabe, ainda um último amor?

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Cidade do Rio de Janeiro

Sou uma carioca apaixonada pela minha cidade!
Eu me refiro ao que Deus nos legou e a mão humana melhorou. Amo cada uma de nossas paisagens, seja grandiosa como o Cristo Redentor, marcantes como o Pão-de-Açúcar ou os trechos da Lagoa Rodrigo de Freitas, suntuosas como quaisquer partes do nosso litoral, mas também que seja do Centro, como a Candelária, o colorido da nova Praça da Bandeira e por aí afora!
Amo as fotos que se consegue tirar, seja ao amanhecer, ao anoitecer, ou com o sol a pino...
Gosto muito de fotografia e sempre aprecio uma foto, por mais simples que seja, desde que seja de algum dos milhares e maravilhosos ângulos da minha cidade! É sempre redundante dizer que "O Rio de Janeiro continua lindo", ou lembrar do "Cristo Redentor com seus braços abertos sobre" nós, ou ainda reiterar que essa cidade é "maravilhosa"! O bom mesmo é poder ver e rever cada um de seus pontos turísticos, ou não. Há sempre um ângulo diferente, original... Há sempre muitas opções. Que Deus continue abençoando a nossa cidade e os seus habitantes, para que possam estar sempre aproveitando de sua beleza! E que Ele aceite os nossos agradecimentos por nos privilegiar tanto! Obrigada, meu Deus!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A Reason, a Season or a Lifetime

"People come into your life for a reason, a season or a lifetime.

When you know which one it is, you will know what to do for that person.

When someone is in your life for a REASON, it is usually to meet a need you have expressed.

They have come to assist you through a difficulty, to provide you with guidance and support,

to aid you physically, emotionally or spiritually. They may seem like a Godsend and they are.

They are there for the reason you need them to be.

Then, without any wrongdoing on your part or at an inconvenient time,

this person will say or do something to bring the relationship to and end.

Sometimes they die. Sometimes they walk away.

Sometimes they act up and force you to take a stand.

What we must realize is that our need has been met,

our desire fulfilled, their work is done.

The prayer you sent up has been answered and now it is time to move on.


Some people come into your life for a SEASON, because your turn has come to share, grow or learn.

They bring you an experience of peace or make you laugh.

They may teach you something you have never done.

They usually give you an unbelievable amount of joy.

Believe it, it is real. But only for a season.


LIFETIME relationships teach you lifetime lessons,

things you must build upon in order to have a solid emotional foundation.

Your job is to accept the lesson, love the person and put what you have learned

to use in all other relationships and areas of your life.

It is said that love is blind but friendship is clairvoyant."


Thank you for being part of my life,

whether you were a reason, a season or a lifetime.


Este texto eu recebi do "presente que a vida me deu"!!

Presente da Vida


A vida costuma nos dar maravilhosos presentes dos quais, nem sempre, naquele devido momento, nos damos conta. Com o passar do tempo, ao relembrarmos certos fatos, aí então percebemos que o que vivemos foi um presente da vida.

No finalzinho de 2007, conheci um jovem norueguês, pela Internet. Ele estava aqui no Rio, num estágio, para ser posteriormente promovido, na Companhia onde trabalhava. Durante todo o mês de janeiro, passávamos parte de nossas noites, num agradabilíssimo chat. Falávamos muito de nós mesmos, um para o outro, e foi nascendo uma amizade diferente, pois era muito forte para o pouco que nos conhecíamos. Cheguei a pensar que ele poderia ser a reencarnação de um bebê que perdi, quando eu era bem jovem. Ele, de sua parte, confessava não ter conhecido jamais a ternura de sua mãe. Só o seu orgulho em tê-lo como filho. Os dias foram passando e sempre conversávamos muito, com exceção dos finais de semana, quando ele viajava para algum lugar, como Angra, para velejar. Assim mesmo, ele chegava a me ligar e a me contar o quanto estava aproveitando a viagem. Ainda em janeiro, ele começou a insistir para que nos conhecêssemos, pessoalmente, uma vez que nos considerávamos amigos. Ele era muito disciplinado. Tinha horário para se deitar, para se levantar, para a prática de natação e, aos poucos para outros esportes que foram ingressando em sua agenda. Eu, que não sou desse jeito, principalmente já aposentada, eu o admirava muito. Era dedicado ao trabalho e estudava Português. Ah, sim! Esqueci-me de contar que nos entendíamos em Inglês. Ele havia estudado em Londres e falava um excelente Inglês. Melhor do que o que escrevia. Eu me sentia amedrontada e insegura, com a possibilidade de encontrá-lo, sem saber como iríamos reagir e tudo mais. Acabei cedendo e, na segunda quinzena do mês, marcamos um jantar, num restaurante do Shopping Leblon. Cheguei mais cedo, já que eu não vinha do trabalho, e o medo fez com que eu lhe enviasse um SMS, desistindo do jantar, ao que ele retrucou que já estava chegando e que não me perdoaria se eu me fosse. Fiquei! Conhecíamo-nos por fotos. Estava eu no hall em frente aos cinemas, quando, olhando para a escada rolante, vi aquele rosto conhecido, num corpo alto e vigoroso. Usava um par de óculos de armação clara e lentes retangulares, também claras. Tinha as mangas da camisa enroladas e um porte firme e decidido. Eu queria sumir dali! Ele se aproximou, trocamos beijinhos como bons amigos e nos dirigimos ao restaurante. Eu estava tão nervosa que, num branco total, não conseguia articular uma só palavra em Inglês. Precisei chamar um garçon que falasse a língua para atendê-lo. Depois de um pouco de vinho, comecei a me acalmar e a recuperar o vocabulário necessário para me fazer entender. Pedi algo com salada, mas ele escolheu carne vermelha. Ele gostava muito de se alimentar de proteínas. Considerava o melhor tipo de alimento. Dispensamos a sobremesa e saímos. Convidou-me a dar um passeio ao ar livre e eu, ainda receosa, aleguei que tinha medo de andar à noite, pelas ruas, a pé. Delicadamente, como sempre era para colocar uma, ou outra palavra, perguntou-me se eu me sentiria ofendida se me convidasse a conhecer o lugar onde morava. Pensando somente em sua privacidade, venho ocultando alguns detalhes que poderiam identificá-lo, nessa narrativa. Tolamente, imaginei que num espaço assim, eu me sentiria melhor e mais confiante. E aceitei o convite. Fomos os dois, cada um em seu carro, e eu o acompanhava. Pude estacionar em sua garagem. Subimos e ele me mostrou o espaço onde vivia e que, até agora, me lembro com detalhes. Perguntou-me se eu queria beber algo e eu pedi somente água, por causa do vinho. Eu não sentia que éramos os mesmos que, quase como mãe e filho, viviam trocando palavras afetivas e sempre alegres por estarmos conversando. Serviu-me a água, abriu a geladeira para guardar a garrafa e, ao girar de volta, estávamos muito próximos um do outro. Ah! Era isso o que eu temia. Eu podia ouvir sua respiração e ver seu tórax movimentando-se. Quando dei por mim, já era tarde para decidir alguma coisa. Estávamos nos beijando e o toque de seu corpo era algo inesquecível. É... Aconteceu! Saí de lá, como se estivesse pisando nas nuvens e minha auto-estima poderia ser vista lá no céu, junto a uma estrelinha!! Eu estava muito feliz!!

Bem, eu vou resumir o que se passou daí por diante. Num primeiro momento, ele se sentiu muito mal, pois afinal, segundo ele, poderia ser meu filho e achou que não deveria ter deixado que aquilo acontecesse. Enquanto lhe dava tempo, “curtia” minha felicidade, fosse ela adiante, ou não. Alguns dias depois, treze dias para ser exata, ele me ligou e confessou que teríamos que encontrar um jeito de nos vermos outras vezes, porque ele não esperava que acabasse o que o agradou tanto. Sobre o fato d’eu poder ser sua mãe, ele já se convencera de que eu poderia, mas não era. E na noite deste mesmo dia, tornamos a nos encontrar.

Durante aquele ano, 2008, até lá pelo final, quando se foi de volta ao seu país de origem, nos encontramos algumas vezes. Na realidade, houve uma troca muito brusca do que tínhamos, em relação ao que passamos a ter. Ambos os tipos de relacionamento foram muito agradáveis, somaram demais para mim e ele se tornou alguém inesquecível para sempre! Até o início deste ano, ainda trocamos alguns e-mails nas festas, conversamos no chat, às vezes relembramos os momentos que mais nos marcaram... mas ele acabou se decidindo por terminarmos o que tínhamos trazido até ali. Eu estava certa de que, um dia, isso iria acontecer. Acredito que esteja vivendo um sério relacionamento e agora terá o que já tive. Irá constituir uma família e ser muito feliz, como eu desejo que ele seja!

Decididamente, este foi um grande presente que a vida me deu !!

domingo, 14 de agosto de 2011

Diversificação

Não sei se alguém já notou que a maioria dos usuários dos sites de relacionamento estão lá, já há bastante tempo. Alguns há 2 anos, ou até mais, sendo que conservam as mesmas fotos iniciais. Em seus perfis, tentam demonstrar um romantismo inexistente, um preparo intelectual que não comprovam e garantem estar à procura da "mulher de sua vida", da cara-metade, da alma gêmea...
Realmente, não há nada mais fácil, mais simples, do que acessar o seu site preferido e enviar uma mensagem para a escolhida do momento. Como num catálogo, eles procuram e escolhem a que lhes convém. É bem melhor do que uma caderneta de telefones, ou uma agenda de celular repleta de nomes e números variados. De que valem esses recursos, seja ele convencional, ou tradicional, se encontraram algo muito mais funcional, farto e descartável. Essa é a diversificação! Nela apostam aqueles que não querem se apegar e, todas as sua fichas, os que se lançam numa desenfreada busca por uma vida sexual ativa, como se cada uma de suas relações pudesse vir a ser o "canto do cisne". E é por essa razão que preferem as mulheres mais jovens, com seus corpos atraentes, ainda que todos "recauchutados", ou "plastificados", dados os infinitos recursos da mais moderna Medicina. Eles creem que, ao lado dessas mulheres, possam afastar o bicho-papão que é para eles a impotência.Foi essa a melhor explicação que encontrei, depois de perceber que os interesses se inverteram. Sim, porque os mais jovens não se preocupam com a idade da parceira. Ao contrário, buscam nas mais maduras aprender com sua vivência, segurança e infindável vida sexual. São capazes de se entregar sem limites, gostam, sentem falta e podem até se apegar. O mesmo já não acontece com a maioria dos mais velhos...

Preconceito

Pela 1ª vez, preenchi alguma coisa a meu respeito, onde não era necessário colocar o ano de meu nascimento. No perfil desse blog. Ninguém pode imaginar o alívio que experimentei!!! Depois de preencher meu perfil, em alguns dos melhores sites de relacionamento da net, onde sempre esse dado é obrigatório, realmente, eu me senti muito bem. Não que eu, pessoalmente, tenha alguma coisa contra a minha idade, até porque não a aparento. Mas estou certa de que tenho sido vítima de um grande preconceito...
Há pouco tempo, conheci, casual e superficialmente, um homem da minha faixa etária, que demonstrou algum interesse em nos conhecermos melhor. Esse interesse só durou até que ele tomou conhecimento da minha idade cronológica. Bem que eu tentei postergar esse momento, mas ele insistiu muito, alegando que, como médico, gostava de ver se as pessoas estavam "se cuidando bem, ou se deixando estragar". Ressaltou que isso não iria interferir em nada, no que se referia à nossa aproximação e eu, sem ver uma saída, acabei por dizer o que ele insistia em saber. Chegou a me parabenizar, dizendo que, "sem dúvida", eu estava me cuidando muito bem, mas... imaginem só?... daí em diante, jamais se lembrou da minha existência. E ele esteve comigo, pessoalmente... Pôde constatar que idade cronológica é para preenchimento de formulários.Pobres de nós mulheres! Durante toda nossa vida, a idade tem um papel de grande importância. Desde a matrícula, na pré-escola; os incômodos da puberdade; o momento certo de gerar uma vida, sem que tenha que ser considerada uma "primípara idosa"; o final da possibilidade de reprodução; e o que considero um dos piores momentos, ser deixada sem carinho, sem um par, porque seu ano de nascimento não é do agrado do sexo oposto.
Voltarei a esse assunto logo, logo!