Come in! You may stay with me!

É um prazer enorme ter alguém compartilhando do que penso e escrevo, como se estivesse, realmente, num "divan". A propósito, esta é a foto do divã usado por Freud, em seu trabalho de psicanálise. Ao deitar-se, sem se distrair com a presença visível do analista, o analisando tem uma experiência emocional diferente, concentrando-se muito mais profundamente.


Quem me seguir, me fará companhia! E é sempre bom ter alguém por perto...

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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Homenagem à Nossa Senhora


Sempre que venho aqui, “ao meu divã”, eu tento escrever algo sobre um tema que seja do momento, ou do meu agrado. Quando não, trago as infindáveis narrativas sobre o amontoado de experiências que vivi. Hoje, gostaria de escrever sobre a importância de Nossa Senhora em minha vida. Sei que quem nos concede as graças é o Nosso Pai Eterno, mas temos o hábito de recorrer à intercessão de santos, aos quais temos devoção, ou à de Nossa Senhora.

Minha mãe, como toda minha família materna, sempre foi muito religiosa, tendo participado de uma Congregação chamada “Filhas de Maria”. Quando se casou, sem ter adotado nenhum método contraceptivo e já tendo completado cinco anos de casada e sem filhos, ela conversou com Nossa Senhora e Lhe disse que se viesse a ter uma menina, lhe daria o Seu nome,em Sua homenagem, e a batizaria no alto da Igreja da Penha.

O único tratamento a que se submeteu foi com remédios da Homeopatia, sempre muito bem-vinda em nossa família, tanto materna, quanto paterna. Lembro-me que minha avó paterna já mandava fazer seus vestidos, com dois bolsos frontais, e ela passava o vidrinho de Homeopatia de um bolso para o outro, controlando assim o que havia tomado.

Bem, o que importa, na verdade, é que mamãe acabou engravidando, naquela época, tendo uma filha menina e, mesmo continuando a não usar qualquer dos métodos contraceptivos daquele tempo, bastante falhos, por sinal, ela não teve nenhum outro filho. Só mesmo aquela menina a quem ela disse à Nossa Senhora que, se intercedesse por ela, lhe daria Seu nome e faria com que fosse batizada no alto da Igreja da Penha. E é unicamente por este motivo, que hoje estou aqui, podendo escrever este texto, numa modestíssima homenagem à minha querida Nossa Senhora.

Mas não foi só desta vez que Ela intercedeu por nós! Acho que perdi a contagem do número de vezes em que Ela veio em socorro de minha família. De algumas vezes, ainda me lembro bem. Uma delas, foi quando, já adulta, passei por uma crise de cálculo renal e tive que ser internada, pois o cálculo estava parado no ureter, comprometendo um dos meus rins, que já estava avolumado. O médico queria me submeter a uma cirurgia e, naquele tempo, seria uma cirurgia tradicional. Eu lhe pedi que esperasse um pouco, porque eu iria tomar os meus remédios da Homeopatia. Ele concordou, deixando bem claro que não estava ciente desta última parte do meu pedido. Meus tios levaram os remédios para mim e eu os tomei como deveria e, dois dias depois, passando por uma ultrassonografia, ficou confirmado que não havia mais cálculo renal algum. Eu havia pedido à Nossa Senhora da Medalha Milagrosa que me livrasse da cirurgia.

Outra vez, foi quando minha bebezinha foi para a UTI Neonatal, com oito dias de nascida, num quadro de hiperbilirrubinemia, ou seja, altamente ictérica, hipoativa, desidratada e com um tumor vulvar. Isso, depois d’eu ter passado por quatro pediatras diferentes, sendo que o primeiro foi o da sala de parto e o último, aquele que acertou o diagnóstico, salvando sua vida e em quem confiei para cuidar de minha filha, daí por diante. Ela teve que passar por uma exanguineotransfusão, após dissecção de veia axilar direita, quando foram trocadas duas volemias. Houve ruptura espontânea da massa vulvar, o que poderia ter sido um cisto parauretral. Nem preciso dizer que, novamente, me agarrei à Nossa Senhora. Ela teve uma recuperação que surpreendeu a todos, no Hospital, sua alta também foi mais rápida do que outros casos idênticos e eu mandei celebrar uma missa, na Igreja de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa. Em nossa primeira visita ao Pediatra, ele me pediu que me sentasse e o ouvisse. Disse-me que queria o acompanhamento de uma Neuropediatra, pelo período de 1 ano, pois possivelmente minha filha teria sequelas, ficando com problemas do tipo neuropsicomotor, podendo até mesmo precisar de uma cadeira de rodas, porque a alta de bilirrubina prejudica a oxigenação do cérebro. Lembro-me bem de lhe ter perguntado se era certo que isso iria acontecer. E ele me deu a seguinte resposta: “Só se tiver havido uma conjuminância de todos os astros e todos os deuses naquele momento.” Ao que eu repliquei: “Pois eu tenho fé em Nossa Senhora, de que minha filha não terá nenhuma sequela.” Mas ele disse que deixaríamos para ver isso depois e que eu deveria ir logo à Neuropediatra, porque assim que ela percebesse algum sintoma, nós iríamos começar a fisioterapia. Com nove meses de acompanhamento, ele suspendeu as visitas à Neuro, dizendo que não havia nenhuma sequela. Mais uma graça e que tamanho de graça alcançada!

Poucos anos depois, o pai nos enfrentou judicialmente, requerendo, inclusive, a guarda de minha pequenina, alegando que eu não tinha condições morais, financeiras e nem emocionais para cuidar de minha filha. Foram anos de desgaste emocional e, aproximadamente, dezessete processos em Juízo. No último, eu fui a Autora. E saímos vitoriosos! Eu, minha família e todos que rezaram por mim. Minha filha cresceu ao meu lado e ele perdeu, até mesmo, o direito de visitação. Em minhas orações, eu dizia à Nossa Senhora que Ela era a minha Advogada e dizia a Deus Pai, que era o bem estar de nossa filha que estava em jogo, já que ela era Sua filha, antes de ser minha. E que eu poderia estar enganada na minha avaliação. Mas Ele não! Ele sabia bem quem era o pai e do que ele seria capaz. Esta graça, houve quem duvidasse que eu conseguiria. Mas Deus é maior que qualquer uma de nossas tribulações e Nossa Senhora a nossa maior Intercessora!

Neste dia, consagrado à Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do nosso Brasil, quero apresentar-Lhe os nossos maiores agradecimentos e o reconhecimento de que sem Ela, quem irá interceder por nós? Na realidade, são tantos os seus nomes, mas só uma Nossa Senhora, só uma Mãe de Deus e nossa!! Muito obrigada, querida Mãe!!!

2 comentários:

  1. Olá tudo bem??Muito lindo seu depoimento, me diz uma coisa, qdo vc disse que sua filha tinha um tumor vulvar, era como se fosse um cisto?foi desde o nascimento?estou te perguntado pq minha bebe nasceu com um cisto também, primeiro acharam q era cisto bartholin, agora disseram cisto parauretral, qdo sumiu o cisto da sua filha?a minha nao tem dor e mede 1,8 mm....ao nascer era mto maior q isso...tenho esperança q suma totalmente....obrigada

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  2. Paula, eu sinto muito pelo seu bebê! Na verdade, também disseram que o cisto vulvar da minha filha poderia estar ligado a um dos ureteres. O fato é que, como havia uma preocupação maior naquele momento, eu me preocupei pouco com o tal cisto. Só sei que, durante o tempo em que ela esteve internada, ele se rompeu, espontaneamente. Mas ela estava com menos de 15 dias de nascida. Sua filha está sendo acompanhada por um bom pediatra? Eu acho que você deveria ouvir a opinião de um outro profissional. Eu passei por vários, até que UM acertou com a minha filha. Espero que ela fique bem, logo,logo! Obrigada por ler os meus textos.
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