Ah, se eu soubesse que você se deixaria destruir a tal ponto!
Eu não soube avaliar que poderia, realmente, ter feito diferença em sua vida...
E acabei por subestimar a mim mesma e,
junto, não soube dar o merecido valor ao nosso sentimento!
Por que, ao menos, eu não tentei?
Por que não me deixei levar pelos seus sonhos?
Mas não, eu tinha que ter os pés fincados no chão
e procurar ser “mais realista que o rei”...
Não precisava ter sido daquele jeito, ter acabado daquela forma!
Mas é que você acreditou, fez planos, esteve feliz, antecipadamente!
E eu, desconfiada, não soube ver além da realidade mesquinha e segura em que eu vivia.
Eu não soube sonhar junto com você.
E o que fiz com os seus planos?
E os destruí, como destruí todas as nossas chances juntos.
Ao menos, se eu tivesse seguido o caminho certo,
aquele que me levaria à felicidade...
Mas não, eu segui apenas o caminho que a vida parecia me apontar,
que estava ali, à minha frente, que poderia ser o mais cômodo.
Mas foi o caminho errado, cheio de desilusões, enganos, traições.
Tristezas, humilhações, sofrimento infindo...
E você, com seu jeito manso de ser, deixou que eu me fosse...
Acho que nunca soube o quanto fui infeliz,
o quanto me arrependi! Ai, como eu me arrependi!
E depois doía tanto em mim ter feito aquela opção.
Doeu mais ainda quando eu soube de você!
Por que você não me procurou, novamente?
Por que não tentou me mostrar o quanto eu estava sendo enganada pela vida?
E depois, eu tive que seguir, até onde consegui...
Foi muito tempo.
Foi muito chão daquele caminho.
Mas a culpa foi minha companheira por quase toda a jornada!
E as lembranças, o meu consolo.
Já fazia tanto tempo, mas ainda assim, a culpa e as lembranças continuavam
caminhando ao meu lado, como se me obrigassem a admitir
o quão errada eu estive, naquela época.
Outras chances eu também perdi, por covardia, por medo,
por não ter força suficiente para lutar e deixar de lado aquele fardo,
pesado, incômodo, que levei por sobre os meus ombros vida afora.
Mas saiba você, e eu acho que você já sabe,
que num dado momento, não sei como,
talvez o cansaço se tenha transformado em força, em certeza,
em verdade absoluta, e eu lutei. Lutei e venci!
E pude seguir por um outro caminho!
Agora, tantos anos depois, a saudade insiste em seguir comigo,
sempre comigo, como se quisesse me torturar
pelos erros que cometi!
Por não tê-lo ouvido,
por não ter acreditado que talvez você estivesse certo
e que os seus planos eram os melhores para as nossas vidas;
por não entender que o risco se fazia necessário naquele momento
para que pudéssemos alcançar o nirvana, logo a seguir!
E agora, o que eu faço com a saudade?
Ah, se eu soubesse...
P.S.: Não era para ser assim. Ter você num dado momento, conhecer seu amor, me saber amada... mas acabar ficando com a vida inteira para me arrepender e sentir saudade!
Hoje vim deixar meu comentário como a "Colunista". Depois de ler este texto, fiquei muito comovida! Você é uma excelente escritora. Sabe colocar sentimentos nas palavras, o que, para uma escritora, é um dom muito enriquecedor! Isso ajuda os seus "desabafos no divã" a se tornarem interessantes demais! Garanto que você até arruma uma terapeuta de graça... Se é para ouvir histórias como essa, poxa, que beleza! ^^
ResponderExcluirEnfim, mãezinha, manda ver, que você está bombando! Já deixei um recadinho no Facebook do Quero ser Colunista também! (facebook.com/querosercolunista)
Muitos beijos! <3
Filha, querida! Muito obrigada por separar um pedaço de seu tempo, já tão atribulado, para ler as minhas postagens e deixar a sua opinião. Gosto muito de tê-las! Ainda mais quando você vem como uma colunista... De qualquer maneira, a sua opinião é muito importante, por ser redatora e por ser minha filha! Obrigada!
ResponderExcluirParabéns belo belo texto, realmente muito emocionante.
ResponderExcluirPrima, mais uma vez, obrigada pelo apoio e carinho! Beijinhos! Continue conhecendo os textos!
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